Prefeito já anunciou que sancionará a lei. Capital paulista se juntará a Rio de Janeiro, Distrito Federal e Estados como Rio Grande Norte no veto ao canudinho
Muito se fala atualmente sobre os malefícios do plástico, principalmente dos canudos que, mal descartados, podem trazer enormes riscos à fauna marinha – uma série de vídeos e fotos de tartarugas marinhas sufocadas por eles ajudou a ligar o alerta. “O canudo de plástico é o início de uma discussão. Entre outros motivos, ele se tornou o vilão porque está na vida de todo mundo. Você o encontra em fast food, no restaurante… E é um hábito totalmente dispensável. O plástico, não só do canudo, mas de qualquer produto, não é biodegradável, levando muito tempo para se decompor. No oceano, ele é extremamente danoso, até porque acaba se acumulando”, explica Marcos Fraco, biólogo marinho, especialista em ecologia e recursos naturais, do Rio de Janeiro. Foi pensando em evitar danos como esse que várias cidades do país decidiram proibir o uso de canudinhos plásticos – mesmo esse sendo só o primeiro passo a favor da natureza.
São Paulo deve ser uma das próximas a abraçar essa decisão ecológica. O projeto de lei do vereador Reginaldo Tripoli (PV) está em fase final da redação. Ele ainda precisará ser votado na Câmara Municipal, mas já tem o apoio do prefeito Bruno Covas, que anunciou que sancionará a lei – que prevê multa de 8 mil reais para quem a descumprir.
No início do ano, o Distrito Federal sancionou a proibição. No Espírito Santo e Rio Grande do Norte, o uso já é proibido em todo o estado. Em Fernando de Noronha os bloqueios passaram dos canudos e foram para todos os itens plásticos descartáveis. Em São Paulo, a proibição já é vigente em cidades como Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, Mirante de Paranapanema, Presidente Prudente, Santos e São Vicente.
No resto do país, outras cidades já proibiram o uso de canudo de plástico como: Rondonópolis (MT), Cataguases (MG), Montes Claros (MG), Cabedelo (AL), Conde (AL), Arraial do Cabo (RJ), Campo dos Goytacazes (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Imbé (RS), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Imbituba (SC), Ilha de Porto Belo (SC) e São Francisco do Sul (SC).