Manihot esculenta Crantz.
“A RAINHA DO BRASIL”. Foi com esse título que o antropólogo e historiador Luís da Câmara Cascudo dedicou um capítulo inteiro à mandioca na obra-prima História da Alimentação no Brasil. Nativa da América do Sul, essa raiz tem a capacidade de unir a culinária nacional: é consumida sem distinção de norte a sul, de leste a oeste. In natura, costuma ser frita ou cozida. Sua riqueza, porém, não se limita ao modo como aparece à mesa. Versátil, é ingrediente que dá origem a diversos produtos de igual importância para a cultura gastronômica do país, como farinhas das mais variadas texturas, goma e tucupi, o que faz com que possa ser aproveitada em todas as partes da refeição, dos petiscos e entradas aos pratos principais e sobremesas. Também é conhecida como aipim, macaxeira e mandioca- mansa – esse termo a diferencia da mandioca-brava, que não pode ser consumida sem ter sido processada por apresentar alto teor de ácido cianídrico. As folhas, depois de um cuidadoso cozimento que elimina essa substância tóxica, são chamadas de maniva.