Rendimento: 8 porções

Tempo de Preparo: 2 horas mais o tempo de dessalgar

Nível: Médio

INGREDIENTES

  • 2 XÍCARAS (CHÁ) DE CARNE-SECA EM CUBOS
  • 1 XÍCARA (CHÁ) DE COSTELINHA DE PORCO SALGADA EM CUBOS
  • 2 XÍCARAS (CHÁ) DE LOMBO DE PORCO SALGADO EM CUBOS
  • 1 PÉ DE PORCO SALGADO EM CUBOS
  • 1 ORELHA DE PORCO SALGADA
  • 1 RABO DE PORCO
  • 4 XÍCARAS (CHÁ) DE FEIJÃO-PRETO
  • 2 FOLHAS DE LOURO
  • 1 XÍCARA (CHÁ) DE LINGUIÇA CALABRESA EM RODELAS
  • 2 XÍCARAS (CHÁ) DE PAIO EM RODELAS
  • ½ LARANJA
  • 5 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO DE MILHO
  • ½ XÍCARA (CHÁ) DE BACON EM CUBOS PEQUENOS
  • 3 DENTES DE ALHO PICADOS
  • ½ CEBOLA PICADA
  • 1 PIMENTA-DEDO-DE-MOÇA SEM SEMENTES E PICADA
  • 1 DOSE DE CACHAÇA
  • SAL A GOSTO

PREPARO

Na noite anterior, deixe a carne-seca, a costelinha, o lombo, o pé, a orelha e o rabo de porco de molho em água fria; troque o líquido pelo menos três vezes e lave bem as carnes. Cozinhe o feijão com o louro em 1,5 litro de água por 30 minutos. Junte a carne-seca e a costelinha; cozinhe por 20 minutos. Acrescente o lombo, o pé, a orelha e o rabo; cozinhe por 30 minutos. Adicione a linguiça calabresa e o paio; cozinhe por 20 minutos. Junte a laranja. Em outra panela, aqueça o óleo e refogue o bacon até dourar. Adicione o alho, a cebola e a pimenta-dedo-de-moça. Junte um pouco do caldo de feijão ao refogado, mexa e transfira tudo para a feijoada. Cozinhe por mais alguns minutos, acrescente a cachaça e desligue. Experimente e acerte o sal. Sirva com arroz branco (p. 146), farofa, couve refogada e laranja cortada em gomos.

ESMIUÇANDO

A feijoada é um dos pratos que sempre alegraram os almoços de domingo em minha casa. Quanta gente, como eu, não prepara a receita e se servem do feijão e das carnes quase fazendo reverência? Em grandes comemorações, almoços beneficentes, nos barracões das escolas de samba…  A história de que o prato teria surgido nas senzalas, com restos do que os senhores de engenho rejeitavam, já caiu por terra. O argumento é razoável: seria impossível a casa-grande consumir o número de pernis e lombos necessários para que as sobras de orelhas, línguas, pés e rabos fossem aproveitadas em quantidade pelos escravos. Sabemos, hoje, que os registros mais antigos da receita apontam para o Rio de Janeiro como local de seu surgimento.